Campos voltou a registrar recentemente aumento de casos suspeitos e confirmados de febre maculosa e dengue. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) faz um alerta à população quanto às principais medidas de prevenção contra as doenças que têm gravidade variável e alta taxa de letalidade. Também orienta os munícipes que busquem auxílio médico mediante os sintomas que são semelhantes.
As duas doenças têm manifestações clínicas semelhantes, inicialmente com febre, dor no corpo, mialgia, artralgia e cefaleia que costumam evoluir nos primeiros dias sem melhora espontânea. A pessoa que apresentar esses sintomas, persistindo por 48 horas, sem melhora, deve procurar auxílio médico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades Pré-Hospitalares (UPH). O local de referência da Prefeitura para atendimento a esses pacientes, após a procura dos locais iniciais, é o Centro de Referência da Dengue (CDR). Lá, a pessoa será avaliada para saber se tem hipótese diagnóstica e também receber acompanhamento.
CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO

De janeiro a novembro deste ano, Campos teve quatro casos de febre maculosa confirmados, sendo que três evoluíram para óbito (pacientes de 58, 50 e 33 anos). Há outros cinco casos em investigação.
Já a dengue contabiliza 2.964 casos confirmados laboratorialmente e clínico epidemiológico, sendo dois óbitos em decorrência da doença (pacientes de 84 e 29 anos). O pico da doença ocorreu entre março e junho. Já a chikungunya teve aumento exponencial, contabilizando 27 casos. Não há caso de zika.
CONTROLE E COMBATE AOS VETORES
O trabalho de prevenção e controle da dengue, zika e chikungunya, feito pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), conta com visitação domiciliar diária e bloqueio aeroespacial com fumacê e bomba costal. Esta última atividade ocorre nos bairros com casos positivos das arboviroses. Há também monitoramento com armadilhas (Ovitrampas) e visita quinzenal aos Pontos Estratégicos (PE) como oficinas, borracharia, ferros-velhos e similares.
O CCZ também intensifica essas ações com mutirões, sempre às sextas-feiras, nos bairros com índice mais alto de infestação do Aedes aegypti. Realiza também trabalho de Educação em Saúde nas escolas, associações de moradores e empresas, além de ações integradas com secretarias e órgãos públicos da municipalidade.
Os Locais Prováveis de Infecção (LPI) da febre maculosa, notificados à Subsecretaria de Vigilância em Saúde, recebem o trabalho de busca ativa do CCZ para identificação e recolhimento de amostras de carrapato para análise laboratorial, quando necessário, além de aplicação de inseticida e orientação à população quanto à higienização e como manter o local livre de carrapatos.