
A votação da chamada PEC da Blindagem expôs de forma clara as divisões na bancada do Rio de Janeiro. De um lado, o bloco conservador e de centro-direita, capitaneado pelo PL e reforçado por Republicanos, PP, União Brasil, além de parte do MDB e do PSD, garantiu a maioria de votos favoráveis. Do outro, a esquerda fluminense (PT, PSOL e PCdoB), acompanhada por dissidências de partidos de centro e do Novo, consolidou a resistência ao texto.
Entre os parlamentares que disseram “não” à PEC está o deputado Caio Vianna (PSD), de Campos dos Goytacazes, que se alinhou ao grupo contrário à proposta. Seu voto o colocou ao lado de nomes da esquerda e de dissidências dentro do próprio PSD, como Laura Carneiro.
O resultado confirmou a força do campo bolsonarista no estado, mas também mostrou fissuras importantes em partidos de centro, como o MDB e o próprio PSD. Enquanto líderes do PL e Republicanos votaram em bloco pelo “sim”, siglas como PT e PSOL rejeitaram integralmente a proposta, argumentando que ela amplia blindagens e limita o controle judicial sobre mandatos.
A votação fluminense, assim, reproduziu o cenário nacional: maioria pró-PEC formada por PL, Republicanos, PP, União, MDB e PSD, e uma oposição coesa à esquerda, com dissidências que reforçam o peso do debate.