O ataque de um cão da raça pitbull, que resultou na morte do bebê José Henrique de Monteiro, de 10 meses, na Baixada Campista, em Campos dos Goytacazes, reacendeu o alerta para os cuidados necessários após mordeduras de animais. O caso ocorreu na última terça-feira (14), quando o bebê, seu irmão de 2 anos e a babá foram atacados dentro da própria residência, localizada na Estrada da Babosa. José Henrique chegou a ser internado em estado grave no Hospital Ferreira Machado (HFM), mas não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois.
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) confirmou que o animal foi recolhido na sexta-feira (17) e permanecerá sob observação veterinária por 10 dias, conforme protocolo de vigilância.
Segundo o HFM, casos como esse reforçam a importância de buscar atendimento médico imediato após qualquer tipo de mordedura, seja por cães ou gatos. A coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Christiane Ramos, explica que cada ocorrência é avaliada individualmente. “Quando há um acidente com cão ou gato, o paciente deve procurar o Ferreira Machado, que é referência para esse tipo de atendimento. Aqui é feita uma avaliação criteriosa, e só então é definida a necessidade de vacina ou soro antirrábico. Nem todos os casos exigem o uso do soro, alguns requerem apenas observação do animal por dez dias, enquanto outros demandam apenas a vacinação”, esclareceu.
Christiane destacou ainda que o tratamento segue protocolos do Ministério da Saúde, e que o soro antirrábico deve ser aplicado exclusivamente em ambiente hospitalar. Já a vacina é administrada pela Secretaria Municipal de Saúde, no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), mediante encaminhamento do hospital.
A técnica de enfermagem Jozenir Pinto reforçou a importância de completar o esquema vacinal. “O tratamento é composto por quatro doses, aplicadas em dias diferentes. É essencial que o paciente compareça a todas as etapas para garantir a proteção completa”, afirmou.
O diretor clínico do HFM, Hugo Calomeni, também lembrou que lavar o local da mordida somente com água e sabão não substitui o atendimento médico. “Somente o profissional de saúde pode avaliar o risco e indicar a conduta correta. É isso que realmente protege”, alertou.
Os profissionais reforçam que o cuidado começa dentro de casa. Manter a vacinação dos animais em dia, observar alterações de comportamento e evitar situações de risco são medidas fundamentais para prevenir acidentes.
O caso de José Henrique, que chocou a população campista, serve de alerta sobre a necessidade de atenção redobrada com crianças e animais domésticos, além da busca imediata por atendimento médico especializado em qualquer caso de mordedura.
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