
De 18 de novembro de 2023 até 5 de outubro de 2025 foram 716 dias, ou 1 ano, 10 meses e 29 dias. Esse foi o tempo de espera do torcedor do Goytacaz para voltar a ver uma partida oficial do clube. Durante esse período, a insegurança e a incerteza quanto ao futuro do time acompanharam a torcida.
Neste hiato, os alvianis viram o time se licenciar das competições oficiais de base, o Aryzão ser fechado e colocado em leilão, e o fantasma do passado reaparecer quando o Goytacaz perdeu por WO na estreia da Série B2 por problemas na inscrição de atletas.
As barreiras foram superadas e, no jogo contra o Rio de Janeiro, o torcedor voltou a ter esperança. Pode parecer pouco, mas ver o clube disputando uma partida profissional em casa após quase dois anos significa muito.
Os dribles e os dois gols de Lekinho, além do petardo de Valker que fechou o placar em 3 a 0, voltaram a trazer ventos de confiança a um ambiente em que o caos imperou nos últimos meses.
É como se o Goytacaz tivesse recomeçado do zero, na última divisão do Estadual, com uma nova diretoria que se desdobra para garantir o presente, planejar o futuro e lidar com problemas deixados por gestões passadas. O elenco, formado em sua maioria por jogadores da região, busca um lugar ao sol na difícil estrada do futebol.
O que não muda e não começa do zero é o amor da torcida. Com o clube punido e o Aryzão liberado apenas para a entrada de crianças e mulheres, os torcedores se reuniram em um bar próximo ao estádio e fizeram dele o seu Ary de Oliveira e Souza particular. Isso sem contar a grande audiência registrada na Goyta TV, com mais de mil aparelhos conectados simultaneamente.
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