
Hoje o Goytacaz completa 113 anos. Aqui peço licença para deixar o meu lado jornalista de lado e escrever como torcedor.
O Goytacaz é um amor que vem de uma herança familiar, de avô para pai, de pai para filho, e de filho para a vida.
Apesar daquela máxima de que o filho tem que torcer para o time do pai, minha paixão pelo Goytacaz veio naturalmente. Me fascinei pelo clube e sua torcida ainda pequeno, um amor à primeira vista, ou ao primeiro encontro.
Ir aos jogos no Aryzão me fascinou desde cedo. Minha primeira e marcante experiência foi contra o Bangu, em 2006. Uma vitória muito importante na luta pelo acesso naquele campeonato, mas uma canetada acabou prejudicando o clube.
Canetadas essas que se fizeram presentes na minha vida como torcedor do Goytacaz. Como não lembrar da batalha jurídica contra o Quissamã?
Com meus 27 anos, ainda não consegui ver o clube jogar a primeira divisão, excluindo a seletiva, é claro.
Minha experiência, na verdade, é bem traumática dentro de campo, ao contrário do meu pai e do meu avô, que viveram bons e grandes momentos.
Derrotas no tribunal, eliminações em seletiva, rebaixamento para divisões inferiores do Rio, gestão que queria leiloar o Aryzão, entre tantos outros episódios tristes.
Mas prefiro levar as memórias boas. Como não me emocionar ao lembrar das faltas do Rondinelli? Do gol do Lukinhas aos 43? Do Aryzão abarrotado de gente e esperança contra o Tigres? Até mesmo o mais simples jogo, o fato de poder ir ao estádio e viver esse clube, já é um grande momento para se colecionar.
Apesar disso ter sido tirado do torcedor no último ano, mas em 2025 voltaremos.
No final das contas, a paixão é pelo clube, e não pelas vitórias. Como brada o hino alvianil:
“Na vitória, na derrota, na alegria, no amargor,
Sou Goytacaz, sim senhor,
Sou Goytacaz por amor.”
Fica aqui o meu registro em forma de palavras para esse clube apaixonante e vibrante. Mesmo sendo machucado covardemente nos últimos anos, levo a esperança de dias melhores, a começar por essa temporada.