
O novo prédio da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Campos, amanheceu nesta sexta-feira (15) completamente pichado com frases que vão além da representação artística. Quem passa pelos corredores da faculdade pôde observar pichações desrespeitosas que estão sendo alvo de críticas nas redes sociais, já sendo consideradas por alguns alunos como vandalismo.
O Manchete RJ apurou que tudo teria começado devido a uma oficina de picho, realizada na noite desta quinta-feira (15), e organizada pelo Movimento por uma Universidade Popular (MUP). A ideia inicial era apresentar o picho como um fenômeno estético e artístico e realizar as atividades em um setor que estava destinado às pichações. No entanto, a ação se expandiu para áreas que não estavam previstas, ocasionando as frases polêmicas e desrespeitosas por grande parte do prédio.
Em nota publicada nas redes sociais, o MUP assumiu a responsabilidade pela ação e reconheceu que houve falhas no encaminhamento da atividade. O Movimento ainda reiterou que houve participação considerável de estudantes pertencentes a grupos marginalizados, sendo essas pessoas trans, não binárias e negras.
“Apesar de uma atividade bastante proveitosa, onde o objetivo real foi alcançado, houve percalços ao final, quando se perdeu o controle de quem estava compondo a atividade e quem não estava. Isso resultou em pichos em áreas que não eram alvo da oficina, fora do campo de observação, e isso poderia ter sido evitado caso os materiais tivessem sido recolhidos”, diz uma parte da nota.
Nas redes sociais, diversos alunos da UFF se manifestaram repudiando o ato e demonstrando indignação com as pichações.
“O que fizeram com a UFF foi um desrespeito, inadmissível, absurdo. Isso não é expressão artística. É vandalismo e crime. Quinze anos de obra para destruírem desse jeito?”
O Manchete RJ entrou em contato com a assessoria de comunicação da UFF questionando se os alunos responsáveis pelo ato serão punidos. Não houve retorno.
Por sua vez, a Universidade se manifestou através das redes sociais dizendo que as pichações não tiveram a autorização da Direção.