
Quatro pessoas foram presas, na manhã desta quarta-feira, durante uma operação realizada por policiais civis da 134ª Delegacia Policial em conjunto com o Ministério Público que investiga tortura e coação no curso do processo. Ao todos, sete mandados de prisão e oito mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo poder judiciário.
A operação foi desencadeada após o julgamento de Rogério na semana passada, onde teria acontecido uma coação de uma testemunha.
Nesta quarta-feira (11), foram presos dois advogados de defesa do réu e o casal de filhos de Rogério “Xerife”, acusado de matar o empresário Renato Maciel. Uma quantidade de armas também já foi apreendida..
Dentre os endereços dos alvos temos os bairros: Calabouço, IPS, Parque Leopoldina, Parque Tarcísio Miranda, Parque São Caetano e Centro. Mandados também foram cumpridos na Penitenciária Carlos Tinoco da Fonseca, onde “Xerife” está preso.
Armas foram apreendidas na casa de Rogério, que até o momento não foram apresentados os documentos que comprovem o registro das mesmas, com isso, irão permanecer na delegacia.

Relembre o caso
No dia 4 de dezembro, o julgamento do dono da loja de armas, acusado de matar o empresário Renato Maciel foi adiado após uma suspeita de manipulação de testemunhas de acusação do caso. A defesa do réu havia pedido a liberdade provisória de seu cliente até a data do novo julgamento.
Renato Maciel, era proprietário de uma loja de carros e foi morto a tiros no dia 20 de dezembro de 2023, no bairro IPS. Ele foi baleado dentro do carro, pelo também empresário Rogério Matos, dono de uma loja de armas. Rogério Matos Lopes está preso desde 31 de janeiro deste ano. A motivação da discussão, que terminou na morte de Renato, seria uma dívida, da venda de uma caminhonete, no valor de R$ 200 mil.
Qual manipulação é investigada?
A defesa diz que uma das testemunhas estava alegando que foi coagida para fazer o depoimento pelo assistente de acusação, alterando a verdade dos fatos. Já o assistente de acusação diz que um documento apresentado pela defesa alega que ele teria coagido uma testemunha da própria acusação. Por sua vez, ele preferiu não dar detalhes do que estava escrito nesse documento. Após o possibilidade suspeita, o Ministério Público se manifestou para investigação do caso e o juiz decidiu pelo adiamento.