
Uma prima de Raphael Paes Castro, de 34 anos, preso pela morte da mãe na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, contou como era a relação de mãe e filho em entrevista ao programa Encontro na manhã desta quarta-feira (20). Fabiana Paes defendeu que o caso seja tratado como um surto psiquiátrico e que ele receba o atendimento necessário. Raphael foi transferido para o Sanatório Penal no Complexo Penitenciário de Gericinó.
A morte de Marly Paes, de 63 anos, é investigada pela Delegacia de Homicídios como feminicídio, mas a família afirma que Raphael cometeu o crime durante um surto psicótico. Uma testemunha disse em depoimento à polícia que ele teria ficado agressivo depois da mãe chamá-lo de “porco”.
Fabiana disse que esse não foi o primeiro surto de Raphael e que ele sempre contou com o apoio da mãe.
Nunca foi nada próximo ou que explique o que aconteceu. Estamos em choque. A família e os amigos estão muito surpresos, ninguém conseguiu assimilar. A relação deles sempre foi ótima, normal, de muito amor entre mãe e filho. Na postagem recente quando ele se batizou, ele agradeceu a minha dinda por não ter desistido dele, por ter guardado o lugar dele na igreja, acreditando que ele ia se converter”, disse ela.
A Justiça encaminhou Raphael para uma avaliação médica. A polícia investiga a hipótese dele ter tido um surto psiquiátrico, já que fazia tratamento contra o transtorno de bipolaridade.
Ele passou por audiência de custódia na tarde desta terça-feira (19) e será representado, inicialmente, pela Defensoria Pública do Estado.
Ela era uma mulher muito maravilhosa, de fé, guerreira, que lutou muitos anos para morar onde ela morava, para dar a vida que ela e o Rapha mereciam. Se não entendem a situação que ele se encontra, falem o que for, mas eu vou lutar até o final para que ele pague pelo que ele fez sim, mas de maneira digna e com todos os cuidados que ele precisa nesse momento”.