
A Polícia Civil do RJ iniciou nesta segunda-feira (8) uma operação contra uma quadrilha que invadia sistemas de agências bancárias. Segundo a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), o grupo instalava dispositivos no cabeamento de dados dos bancos, permitindo assim a realização de transferências fraudulentas, furtando correntistas aleatórios. O prejuízo causado pelos criminosos chega a R$ 40 milhões em todo o país.
Até a última atualização desta reportagem, três pessoas foram presas: Andrey Oliveira de Azevedo, Nelson Sampaio de Oliveira e Romulo Andrade Nascimento da Silva.
Agentes saíram para cumprir, no total, seis mandados de prisão e 15 de busca e apreensão. Os alvos são investigados por associação criminosa e invasão de dispositivo eletrônico.
A investigação começou quando uma agência do Banco do Brasil no Centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, detectou um acesso estranho na rede interna. A polícia analisou imagens das câmeras de segurança e descobriu que um funcionário terceirizado instalou um aparelho nos cabos de internet.
Após um trabalho de inteligência, o eletricista Vinícius de Sousa Santos Tobias foi preso no dia 2 de maio dentro de uma agência de Pedra de Guaratiba. Ele trabalhava numa empresa que prestava serviços para o Banco do Brasil e admitiu ter sido cooptado pela quadrilha para instalar dispositivos na rede interna. Em depoimento, contou que ganhava R$ 10 por instalação.
“Já conectados à rede do banco, os criminosos, se valendo da credencial de funcionários, obtidas fraudulentamente, ou com auxílio de funcionários cooptados, acessam o sistema do banco e realizam as operações de interesse, tais como movimentações e troca de dados cadastrais, como foto, identidade e assinatura, e até de biometria”, diz o relatório da DRF.
O delegado Moyses Santana explicou que a quadrilha tinha dois principais objetivos depois da invasão da rede do banco:
Realização de transações financeiras fraudulentas, subtraindo valores de contas de terceiros em proveito dos criminosos; Extração de informações confidenciais para utilização em outros crimes ou comercialização das informações.
*Com informações do G1