
O subtenente da Polícia Militar Wilson Sander Lima dos Santos, de 50 anos, preso nesta quarta-feira (7) suspeito de estar envolvido no assassinato da policial militar Vaneza Lobão, em novembro de 2023, foi solto pela Justiça na manhã desta quinta-feira (8). A decisão é da 2ª Vara Criminal, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Os subtenentes Wilson e Leonardo Vinício Affonso foram presos pela Delegacia de Homicídios (DH) e pela Corregedoria da PM por envolvimento no crime. A prisão e a apreensão de documentos juntos ao subtenente foram pedidos pela DH.
Os investigadores e o Ministério Público estadual entenderam que havia, pelas consultas (12), indícios de que o subtenente estaria envolvido no monitoramento da policial.
Wilson se apresentou na quinta-feira na Delegacia de Homicídios, disponibilizou o celular (alvo da busca) e mostrou em seu depoimento, ponto a ponto, os motivos das consultas.
O policial informou aos investigadores que a pesquisa aos veículos de Vaneza aconteceu porque ele era lotado na P2, setor de inteligência, do Batalhão da Barra da Tijuca e tinha a função de consultar a placa dos carros de todos os policiais que prestavam serviço à unidade e estacionavam na área externa do batalhão.
A policial Vaneza era inscrita no Regime Adicional de Serviço (RAS) e trabalhava em sua hora extra no batalhão em que o subtenente Wilson era lotado. Por isso, segundo ele, foram feitas as pesquisas.
A partir deste depoimento do policial militar e das diligências feitas pela polícia, os próprios investigadores da DH pediram a revogação imediata da prisão temporária ainda na madrugada desta quinta-feira.
O MP se manifestou favorável e a decisão da Justiça determinando a soltura do policial aconteceu ainda nesta manhã.
Em nota, a Polícia Civil informou sobre o caso:
“A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), em conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar, realizou, na terça-feira (06/02), uma operação contra suspeitos de envolvimento na morte da policial militar Vaneza Lobão, que resultou no cumprimento de mandados de prisão temporária contra dois homens. Após a captura e a oitiva dos detidos, contudo, a DHC representou pela soltura de um dos presos. Ele havia sido apontado como suspeito, tendo em vista que pesquisou e monitorou o veículo da vítima, mas, durante depoimento, explicou e comprovou que esta era parte de seu trabalho, uma vez que o veículo costumava ficar estacionado no batalhão em que o militar trabalhava.
A Polícia Civil esclarece que a prisão temporária é um instrumento para auxiliar nas investigações e, durante esta etapa, restando concluído que não há mais suspeita sobre o detido, é pedida a revogação da prisão, como ocorreu neste caso. A investigação continua para apurar o envolvimento de outras pessoas no crime”.
*Com informações do G1