
Nesta quarta-feira (10) chegou o sexto dia de busca pelo menino Édson Davi, desaparecido na última quinta-feira na praia da Barra, na altura do Posto 4. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros segue investigando o caso e o Corpo de Bombeiros continua as buscas nas Praias da Barra, Recreio, Guaratiba e Sepetiba com aeronave, drone, moto aquática e mergulhadores.
Possibilidade de sequestro
A polícia também já descartou a possibilidade de que o menino tenha sido sequestrado. Agora, a principal linha de investigação, segundo a Delegacia, é que Édson Davi tenha entrado no mar e se afogado.
O menino brincava horas antes de desaparecer, com uma família de argentinos. O pai do casal de crianças que brincavam com Édson foi ouvido pela polícia e afirmou ter se reconhecido nas imagens e disse que jogou bola por 20 minutos com o menino. Depois, o homem, que estava acompanhado da mulher e de três filhos, disse que foi para a cadeira dele e seguiu para o hotel. O argentino também relatou não ter visto para onde foi o menino.
Câmera sem funcionar
A câmera do Posto 4 da Praia da Barra, justamente o trecho onde Édson teria desaparecido, não estaria funcionando na quinta-feira passada. A prefeitura informa que todas as imagens disponíveis foram entregues e que, eventualmente, um ou outro equipamento pode sair de operação momentaneamente por questões técnicas.
Os agentes da Polícia alegaram que a câmera do Posto 4 seria fundamental para ver o que aconteceu com o menino.
Criança foi vista no mar por testemunhas
Três testemunhas ouvidas pela polícia afirmaram ter visto Édson Davi entrando pelo menos duas vezes no mar. Um funcionário da barraca do pai do Davi contou que era comum o menino brincar com outras crianças na praia e ir se limpar na água. Ele detalhou ainda que Davi tinha o hábito de molhar os pés na beira do mar. No dia em que desapareceu, apesar de todos os avisos de mar com correnteza, o funcionário detalhou aos agentes que se recordava de ter visto, pelo menos uma vez, Davi entrando no mar. E que naquele momento, chamou a atenção da criança para se afastar da água por ser perigoso.
Ele afirmou ainda que Edson Santos, pai de Davi, estava muito atarefado com os clientes no dia e, por isso, não teria visto a criança se afastar e ir até a água. O dono de um quiosque que fica próximo à barraca dos pais de Davi, disse também em depoimento ter visto a criança entrar, ao menos, três no mar.
Família em espera
Enquanto o menino segue desaparecido, a mãe Marize Araújo, além de toda família, aguarda por notícias sobre o paradeiro da criança.
— Conversei com os agentes na sexta quando estive na Cidade da Polícia. Eles disseram que infelizmente a câmera do Posto 4 que seria fundamental para ver o que aconteceu com meu filho, não funciona. A prefeitura diz que sim, mas a polícia não conseguiu ver. Isso é muito triste. A cada dia que passa é uma tortura sem notícias. Estou vivendo um pesadelo. Dias de terror. Não consigo comer, dormir e nem trabalhar. Toda vez que fecho os olhos, fico imaginando meu filho preso em algum lugar pedindo ajuda. Só Deus para acalmar meu coração — lamentou Marize.
O pai do menino, que tem uma barraca na praia, reafirma que não acredita na hipótese de afogamento e sim que alguém tenha levado a criança.
— Faz quase cinco dias que meu filho desapareceu. É uma angústia muito grande. A nossa esperança é que essas imagens ajudem a polícia a entender o que aconteceu. Pior do que ter a certeza de que tenha acontecido algo de ruim, é a dúvida de não saber onde ele está — lamentou Edson Santos Almeida, pai de Édson Davi.
*Com informações do Extra