
O prefeito Wladimir Garotinho assinou na sexta-feira (15) um protocolo de intenções com um acordo de cooperação técnica entre a Prefeitura de Campos e a Superintendência da Polícia Federal com o objetivo de autorizar porte de arma de fogo para a Guarda Civil Municipal (GCM) de Campos. A reportagem do Manchete RJ ouviu um especialista em segurança para comentar sobre essa decisão.

Roberto Uchoa é Policial Federal, especialista em segurança pública e pesquisador da Uenf e da Universidade de Coimbra, em Portugal, e conversou com a reportagem na manhã deste sábado (16).
Roberto afirma que é a favor da armamentação para a GCM, desde que aja todo um plano específico. Confira a resposta na íntegra:
“É preciso entender que o uso de armas de fogo por si só não resolverá o problema de segurança pública se não vier inserido em um amplo plano de melhoria da segurança com ações preventivas e repressivas, o que parece não ser o caso em análise. Sou a favor do uso de armas de fogo por guardas municipais desde que estejam em um contexto específico e não de forma ampla, voltado para o(a)s profissionais que atuarem em policiamento ostensivo. A arma é um instrumento de trabalho e não de proteção do prosssional e isso tem se tornado uma grande confusão com profissionais desejando portar armas independente da área em que atuam. É verdade que em cidades onde há atuação de guardas municipais armados há sensação de melhoria da segurança, mas o erro é acreditar que isso ocorre em razão das armas, quando o principal motivo é o aumento do patrulhamento ostensivo e de ações preventivas. Portanto, vale perguntar: qual o papel que a guarda municipal armada irá desempenhar? De que forma se dará sua atuação? Qual será o nível de integração com outras forças e como isso irá ocorrer? Teremos guardas armados em escolas? Se sim, isso tem algum resultado positivo? Como será avaliado o preparo psicológico desses profissionais? São muitas as perguntas, e será que há respostas?”, explicou