
Um policial militar, lotado do 32º BPM, atirou na cadela de sua vizinha, da raça pitbull que veio a atacar seu cão, da raça basset, na tarde desta segunda-feira (06), na Avenida Beira Lago, no Parque Guarus, em Campos. Após o tiro, a cadela baleada não resistiu e morreu em uma clínica veterinária. A Polícia Civil da 146ª DP investiga o caso.
Os fatos
Conforme dito pelo policial em depoimento, ele explicou que por volta das 13 horas estava em casa junto com sua esposa, quando a mulher abriu o portão para sair com o carro. Nesse momento, o cachorro do casal foi para rua.
Ainda segundo relatos do PM, sua esposa começou a gritar e chorar, e ele achou que algo grave estaria acontecendo. Nessa ocasião, o homem pegou sua arma e correu para rua. Ao chegar, viu que a pitbull da vizinha estava mordendo o quadril de seu cachorro.
Em meio a uma situação de pânico, um homem, identificado como Wellington, parente de sua vizinha e que estava limpando o terreno onde a pitbull ficava e acabou fugindo, começou a bater nela para tentar separar a briga, mas a pitbull não soltava o basset. Portanto, o policial alegou que para defender seu cão, sacou a arma de fogo e efetuou cinco disparos em direção a pitbull, mas apenas no quinto acertou a cadela.
O PM ainda alegou que mesmo com os disparos anteriores, a pitbull continuava abocanhando o quadril do basset e não soltava. Após ser atingida, ela soltou e saiu correndo.
Logo após o tiro, Wellington pegou a pitbull e o levou para o socorro. Por outro lado, o basset foi para debaixo de um carro e começou a chorar. O policial militar tentou acalmar seu cão, e no momento em que conseguiu pegá-lo viu que ele estava com furos na coxa, quando também veio a socorrer o mesmo para uma clínica veterinária.
Encontro na clínica
Ao chegar na clínica, situada na José Carlos Pereira Pinto, em Guarus, o policial viu que a pitbull também estava sendo socorrido lá. Todavia, ao perguntar sobre o estado de saúde da cadela, ele começou a ser hostilizado por Wellington e outras pessoas que estavam na clínica. Sendo assim, o PM optou por ser atendido em outra unidade, localizada na Avenida 28 de Março, onde seu basset ficou internado para análise e observação.
Segundo informações da polícia, o homem foi perguntado na delegacia se discutiu com alguém na clínica veterinária de Guarus, e afirmou que não. Ao ser questionado, ele alegou que não entrou com sua arma na unidade, e que ao perceber que Wellington, que acompanhava o pitbull, ficou chateado com a situação, ele preferiu sair do local.
No momento em que o fato aconteceu, a vizinha do policial e dona da pitbull não estava em casa. Sendo assim o PM alegou que tentou ligar para o marido da vizinha, mas ele não atendeu, quando o mesmo enviou uma mensagem para o celular do homem relatando o que havia ocorrido, mas o homem também não visualizou.
Conversa com a vizinha
Quando a vizinha chegou em casa, por volta das 17h40, o policial foi conversar com ela sobre a situação e avisou que tinha enviado uma mensagem para seu marido. Todavia, a mulher avisou que o homem estava trabalhando embarcado e pediu que o PM apagasse a mensagem antes que ele visse e descobrisse a situação.
Ainda de acordo com a polícia, o policial que atirou na cadela chamou sua vizinha para ir até a delegacia, mas ela se recusou a ir, dizendo que a situação havia sido uma fatalidade e que ela preferia não comparecer.
Pedido por justiça
Marcelle Pata, ex-vereadora de Campos , protetora animal e CEO da clínica veterinária onde a pitbull veio a óbito, se manifestou nas redes sociais e pediu por justiça. A mulher também foi até a delegacia prestar depoimento.
VEJA MAIS
Siga o Manchete RJ no Instagram e fique por dentro de todas as notícias do Rio.