
Cerca de 500 famílias integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam na manhã desta quinta-feira (24) a Fazenda São Cristóvão, localizada próximo ao distrito de Travessão, em Campos dos Goytacazes. A propriedade, que pertence ao grupo Othon, dono das usinas Cupim e Barcelos, está em processo de negociação para ser destinada à Reforma Agrária.
Segundo o MST, a ocupação faz parte da Jornada Nacional Camponesa, que consiste em um conjunto de ações simbólicas realizadas em torno da data do 25 de julho em todo o Brasil. Com o lema “Para o Brasil alimentar, Reforma Agrária Popular!”, o movimento busca pressionar o Governo Federal por avanços concretos na política de reforma agrária, que está paralisada.
Ainda de acordo com o MST, as reivindicações à nível nacional incluem a democratização da terra, a partir da criação de novos assentamentos; fortalecimento da educação do campo; crédito para a produção de alimentos e políticas públicas para as famílias assentadas e acampadas.
O MST também denuncia a contrarreforma agrária, que é uma política agrária de fortalecimento do latifúndio, que intensifica a concentração de terras em poucas mãos e realiza a expropriação dos territórios dos povos do campo, comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas. O movimento também denuncia a atuação do grupo Invasão Zero, que opera com uma lógica de milícia rural para proteger os interesses do agronegócio, também articulando uma ofensiva legislativa no Congresso.